RMC pode ganhar mais estações de trem
Americana e Campinas já estão incluídas, e Estado
não descarta outras cidades; ontem, plano foi apresentado
O governo do Estado apresentou ontem o projeto para
construção de uma ampla rede de 416km em cinco linhas de trem que vão ligar
diversas cidades a um raio de pouco mais de 100km da Capital. O
vice-governador, Guilherme Afif Domingos (PSD), não descartou que outras
cidades da RMC (Região Metropolitana de Campinas) abriguem paradas dos trens.
Atualmente, estão previstas estações em Americana e Campinas. Valinhos, Sumaré,
Santa Bárbara d’Oeste e Nova Odessa já declararam que irão batalhar para ter
estações.
A intenção do Palácio dos Bandeirantes é atrair
investimentos de US$ 9,2 bilhões para retirar carros das grandes rodovias como
a Anhanguera, a Bandeirantes, a Dutra, a Ayrton Senna, a Anchieta e a
Imigrantes. O projeto apresentado aos investidores estrangeiros prevê cinco
linhas, todas construídas em PPP (Parceria Público Privada): São Paulo -
Sorocaba, São Paulo - ABC, São Paulo - Campinas, São Paulo - São José dos
Campos e ABC - Santos, que permitirá a ligação entre a capital Paulista e
Santos.
Diferentemente do sistema atual operado pela CPTM
(Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) na Grande São Paulo, as novas
linhas terão menos estações e trens mais modernos e rápidos - a velocidade
máxima chegará a 160 km/h.
A primeira fase do projeto prevê a ligação entre a
Capital e o ABC, com estações em São Caetano do Sul, Santo André e Mauá, e
também entre São Paulo e Jundiaí.
Na segunda fase, será construído o ramal do ABC até
Santos, o trecho entre Jundiaí e Campinas - com ligação até Americana - e a
linha entre a Capital e Sorocaba. A última fase prevê a rota entre São Paulo e
São José dos Campos, com extensão até Taubaté. Afif disse que o projeto
“conversa” com os planos de construção do TAV (Trem de Alta Velocidade) entre
Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro. “O trem regional vai ligar essas regiões
e também vai alimentar o trem de alta velocidade”, disse. Segundo ele, a
intenção do trem regional é competir com o transporte de carros, e o objetivo
do trem bala é competir com o transporte aéreo.
Investimento
O plano de US$ 9,2 bilhões prevê 70% do projeto
bancado pela iniciativa privada e 30% pelo governo do Estado. Em estudo, o
edital deve ser divulgado até novembro, mas já se sabe que o modelo de escolha
do operador será por menor pagamento anual exigido do Estado ou menor demanda de
investimento público para o projeto. Segundo o vice-governador, 465 mil pessoas
devem usar os trens regionais quando o sistema estiver pronto. A PPP será de 30
anos.
Fonte: matéria de Pedro Garcia no jornal TodoDia
de 29/01/2013.
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