4 de mar. de 2013

Corredor Metropolitano


Clayton pede apoio estadual para “Corredor Metropolitano Campinas-Valinhos-Vinhedo”
Reunião do Conselho de Desenvolvimento da RMC também debate reativação da malha ferroviária regional

O prefeito Clayton Machado solicitou apoio do Governo do Estado para a obra de prolongamento da Avenida Joaquim Alves Corrêa, com a criação de um “Corredor Metropolitano ligando Valinhos aos municípios de Vinhedo e Campinas”. A solicitação foi feita ao secretário de Estado dos Transportes Metropolitano, Jurandir Fernandes, nesta segunda-feira, dia 4, em Vinhedo, durante a primeira reunião de trabalho dos membros do Conselho de Desenvolvimento da RMC (Região Metropolitana de Campinas).
Presente à reunião para apresentação dos resultados da pesquisa “Origem e Destino Domiciliar da RMC”, o secretário solicitou que o prefeito de Valinhos apresente estudos para a obra, que “contribuirá para desafogar as rodovias Dom Pedro e Anhanguera e o Anel Viário Magalhães Teixeira”. Fernandes ressaltou: “Essa vias já estão saturadas nos trechos entre Valinhos e Campinas e apresentam situação insustentável nos horários de pico”.
Com base na própria pesquisa, o prefeito Clayton justificou que Valinhos “é a cidade mais motorizada e com a maior renda familiar e que, por essas razões, vem encontrando dificuldade de locomoção entre seus habitantes”, explicou. O prefeito de Valinhos informou que está em contato com o prefeito de Vinhedo, Milton Serafim, para o prolongamento da Avenida Joaquim Alves Corrêa, ligando os dois municípios. A obra faz parte de seu plano de governo.
Sobre a pesquisa, o prefeito Clayton salientou tratar-se de um importante instrumento que vai nos orientar em obras de investimento. O secretário estadual Jurandir Fernandes completou: “Vamos trabalhar para criar diretrizes para os futuros investimentos”, aproveitando para informar que fará um roteiro de visitas de trabalho às prefeituras da RMC.
Outra reivindicação para beneficiar Valinhos e Vinhedo refere-se à reativação da malha ferroviária, que corta o centro das duas cidades, o que traria “grandes benefícios para a região”. Nesse sentido, o secretário estadual de Transportes Metropolitano afirmou que “já estão avançados os estudos para estender o trem suburbano que liga São Paulo a Jundiaí até Campinas passando por Louveira, Vinhedo e Valinhos, com paradas pelas várias cidades”. Jurandir explicou que, para a implantação do trem suburbano, seria criada uma via específica, usando o espaço operacional da linha férrea.

Dados da pesquisa
A pesquisa “Origem e Destino Domiciliar da RMC” foi realizada pela Secretaria de Transportes Metropolitano envolvendo 232 pesquisadores entre outubro de 2011 a maio de 212. Foram visitados 17.551 domicílios. A pesquisa permite a localização espacial da população, dos empregos, das matrículas escolares e das origens e destinos das viagens realizadas pela população da RMC nas suas atividades diárias. “Ferramenta de fundamental importância na gestão das cidades”, afirmou Fernandes, citando como exemplo municípios que tem um grande número de pessoas que se deslocam diariamente para outras localidades para trabalhar. “Essa situação mostra que a cidade precisa investir na geração de empregos, para que não se torne uma cidade dormitório”.
Esta foi a segunda pesquisa nesses moldes realizada pela STM. A primeira foi em 2003 e a ideia, segundo o secretário, é que seja repetida a cada dez anos. Em relação a 2003, foi observado na pesquisa atual um acréscimo de 21% da população na RMC, que de 2.280.724 e passou para 2.750.124.
Segundo Jurandir Fernandes, 85% dessa população está distribuída entre as cidades de Indaiatuba, Monte Mor, Campinas, Hortolândia, Sumaré, Nova Odessa, Americana e Santa Bárbara. Do total dessa população, 98% moram na zona urbana e somente 2% na área rural.
Sobre as características das viagens, a pesquisa mostra que, em 2003, 64,16% das viagens eram realizadas por modo motorizado. Já em 2011, das 4,75 milhões de viagens realizadas diariamente na RMC, 3,44 milhões (72,6%) eram realizadas por modo motorizado. Ou seja, ocorreu um crescimento de viagens motorizadas.
Com relação ao modo de transporte motorizado, 39,8% usam transporte coletivo e 60,2% individual. O motivo trabalho é o que mais se destaca (45,55), seguido pelo estudo (21,2%). Os dois motivos juntos correspondem a 66,7% do total dos deslocamentos. A distribuição modal das viagens por motivo trabalho mostra que o modo coletivo é o mais utilizado, seguido do individual e, por último, do modo a pé. Já no motivo educação, inversamente, predomina o modo a pé, seguido do coletivo e, por último, o individual.

Fonte: Departamento de Imprensa da PMV.

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